6 Ways to Get Out of Your Comfort Zone

In the warmth of our comfort zones, life feels safe and easy. This safe circle keeps people from personal growth and doing the things they want but don’t have the courage to do. What holds people…

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Stuff men say

Sobre estar feliz como uma mulher majoritariamente hetero em relações não mono desde um pseudo casamento passando por um pouco de tudo que já tive que ouvir de homens até hoje.

Tenho visto muitas discussões em que radfems vem dizer que a mulher que está em relações não monogâmicas só podem estar nelas por imposição do macho ou porque estão aceitando migalhas quando na verdade gostariam de estar em relações de exclusividade. Isso tem me gerado uma vontade de escrever esta espécie de bio-reflexão-narrativa-analítica sobre como na minha experiência essas afirmações não só não se aplicam como são o contrário do que ocorre e como atualmente conquistei uma forma livre de me relacionar não monogamicamente com alguns homens apesar de alguns obstáculos.

Os primórdios — A separação de um não casamento

Comecei tudo cedo na vida. Primeiro filho aos 18, primeiro emprego de carteira assinada aos 20 junto com o primeiro relacionamento longo que durou quase 10 anos. Isso foi em 2000. Em 2009 estava me separando com um filho de 11 e um de 3 aos 29 anos. A separação foi sofrida com direito a uns requintes de crueldade nas notícias recentes e do passado com as quais teria que lidar até hoje e pra sempre mas nada que uma viagem pra passar o ano novo em Amsterdam e parte de janeiro por Berlim, Praga, Budapeste e Viena com uma amiga não ajudasse bastante a abstrair na época.

Amsterdam, janeiro de 2010: The botorhead

Aquela viagem pra esquecer o ex e os quase 10 anos com ele foi maravilhosa. Ele falou que eu ia “dar” para o amigo nosso que ficou de me buscar no aeroporto e me dar hospedagem por uns dias em Utrecht, que eu ia “dar” pra “geral” e eu dizia que não porque eu realmente só queria espairecer, não queria saber de homem, queria ver paisagens, artes em museus e muros, mas acabou que aconteceram todas as opções acima.

Mantenho contato com o holandês até hoje, como mantinha antes de ir. Ele, que afirma não querer ter relações monogâmicas nunca mais, foi um príncipe e hoje é um Him esporádico na minha vida volta e meia perguntando como estou, batendo um papinho, pedindo pra eu visitar, dizendo que vem quando conseguir juntar dinheiro. Sempre carinhoso e atencioso. Um amor transatlântico que não me aprisiona e só me elogia.

Antes desse namoro mais longo e careta de todos com direito a viver sob o mesmo teto e procriar eu tinha tido um rolo com um amigo maravilhoso com quem sempre pude contar que dizia que “a mulher tem que ser uma lady na sociedade e uma puta na cama”, um cliché do senso comum. Na época eu era adolescente e não existiam essas campanhas feministas com broches de frases de efeito empoderadoras, aliás, eu sugiro uma que eu compraria: Não tô aqui pra agradar macho.

Disclaimer: Não tô falando que o feminismo nasceu agora, ou que não rolava nos anos 90 — taí a Joan Jett em 1981 falando que são “novos tempos” e que a mulher faz o que quiser — mas não tinha um coletivo de mulheres pra debater esse assunto na escola que estudei na minha época e hoje tem. Não tinha uma colega fazendo esses broches e hoje tem aluna fazendo.

Voltando à narrativa principal, na viagem conheci outros homens e depois mais outros na volta. Rodei muito. Gostei, sempre fui uma mulher rodada. Na volta fui cobrada. Cheguei de viagem e comecei a sair com um cara que já conhecia mas acabou se tornando um grande amigo que hoje em dia mora em SP e namora um cara.

: — Você está namorando esse fulano?

: — Namorando, não, estamos saindo e tal.

Ele tinha uma namorada e veio perguntar isso. Eu: ué… Ele disse que era só pra saber se eu já tinha esquecido ele mesmo e eu falei que sim, pode deixar.

Entre lá e cá das novas relações monogâmicas a começar a ouvir, falar em e esboçar novas trajetórias sexuais e afetivas fora da norma

Meu primeiro namorado pós separação também estava se separando depois de 10 anos com uma mulher. Falei que não queria casar nem conhecer a família, queria só sexo e romance, pedalinho na lagoa… Quando fui ver tava eu no velório do pai em papo de um mês juntos e daqui a pouco estava num churrasco com música ao vivo (pagode, sim, MPB também) em São Gonçalo na casa de um amigo de infância com aquele bando de macho com esposas e filhos que jogam uns aos outros na piscina. Sim, fui trouxa. Ele falava que não acreditava em monogamia mas resolvemos nos relacionar monogamicamente porque eu era ciumenta, acho que foi isso. Não estávamos prontos, mas hoje ele está em uma relação não mono com uma mina maravilhosa e somos todos amigos.

Meu namorado seguinte era bem mais novo e inexperiente. Ele tinha uma família uber conservadora que descobriu logo que ele vinha se relacionando com uma “mulher mais velha tatuada e com filhos”, o que os deixou bastante preocupados. Ele era um docinho e fomos bastante felizes por um tempo, mas depois ele foi ficando careta e coxinha e eu cada vez mais beberrona bagaceira… não conseguíamos conciliar nossas saídas, não queríamos estar juntos na noite nos mesmos programas e acabou em lágrimas mútuas e abraços porque nos amávamos mas não sabíamos conciliar nossas diferenças.

Aí conheci o uruguaio, em uma boate gay na última noite em Montevidéu depois de visitar o litoral do Uruguai na virada de 2014 pra 2015. Ele era um dominador nato que me estimulou a mandar meus primeiros nudes. Me diverti um bocado poque estava terminando o mestrado e não podia sair muito então era cômodo ter um bofe virtual pervertidissímo, mas ele me manipulou com um papo de a gente se ver por um ano e foi cruel no final. Fui trouxa de novo. Não tinha nada de monogâmico mas tava gamada, fui até lá e tomei não só uma, mas DUAS voltas em UM final de semana prolongado. (No final nos encontramos e tenho essas fotos e mais algumas de recordação).

Montevidéu 27.03.2016

Antes de visitar o uruguaio eu contava dele pra dois amigos. Um amigo de longa data e outro recente. Um deles perguntava sempre, eu aproveitava pra desabafar mas descobri que aquilo excitava o homem e um belo dia acabou rolando algo entre nós. Com o outro amigo também e quase que com o irmão dele também.

Entre lá e cá rolou uma amizade colorida com um professor universitário que acho lindo e que me disse não estar gostando tanto de mim quanto eu dele e que não poderia retribuir meu carinho a altura. Eu perguntei

: — posso continuar fazendo mix tape pra você no Spotify e expressando afeto ou você vai se incomodar por não ser capaz de retribuir?

Uma amiga falou que eu não devia ter aceitado, que devia ter exigido tudo ou nada, mas eu não queria tudo ou nada, queria sexo e brincar de flertar. Ele, no entanto, me tratava igual uma namorada mesmo dizendo que não queria namorar… pedia conselhos e sugestões pra tudo, no final tinha menos sexo do que eu gostaria e mais companheirismo. Até que ele deu match com uma amigona minha de escola no Tinder e sabendo que eu ia encontrá-la veio me contar de um jeito estranho, eu a encontrei e ela falou outra coisa e ele SUMIU. Mas a gente curte as postagens um do do outro nas redes como se nada tivesse acontecido.

Corta pra 2017

Meu último “namoro” começou no carnaval. Foi com um cara pra quem eu propus o seguinte: nós não temos controle de nada, então porque prender o outro ou prometer fidelidade se essas coisas devem acontecer naturalmente quando se está a fim e não por imposição? Acho que a gente não precisa dar satisfação de certas coisas, se encontra sempre que puder e quiser mas se rolar qualquer coisa casual com outra pessoa não me conta, se você se apaixonar por alguém e quiser me manter aí me fala que a gente vê o que faz.

Acontece que ele disse ser mais conservador nesse aspecto e acabei me vendo numa relação hipócrita em que não me assumia publicamente (nem me levava pros aniversários dos colegas professores do São Vicente do Cosme Velho e se desmarcava de tudo que eu marcasse ele no Facebook — eu fui percebendo e fiquei pálida sem saber o que dizer) e provavelmente me traia (não consegui provas mas foi só o que ficou faltando) enquanto eu ficava em casa monogâmica porque ele propôs isso e eu, trouxa, disse: ah OK porque ele me satisfazia plenamente na cama e tava sempre ali até que de repente não tava mais tanto.

Pouco antes do recesso escolar do meio do ano teve um feriado. Um professor da escola me chamou pra sair e foi super direto. Me chamou pra beber na casa dele e disse que eu poderia dormir lá. Adorei. Acabou sendo aqui. Ficamos de sair de novo e por mensagem eis que ele me propôs um ~relacionamento aberto~. E aqui chegamos no x da questão.

Relacionamentos abertos ou contatinhos? Tem que ter nome?

Atualmente tenho me relacionado abertamente com alguns homens sem estabelecer nada formalmente. Estamos espontaneamente conectados com passibilidades de encontros, com uns bato altos papos, com outros é mais carnal, com alguns as duas coisas. Uns se satisfazem com pouco, outros são insaciáveis. Eles também não me satisfazem da mesma forma. Uns somem e reaparecem, uns são mais virtuais, outros de diferentes lugares que frequento de vez em quando, acabo esbarrando e daí acontece. Ah mas isso não é estar solteira e ter vários contatinhos? Sim e não.

Posso estar enganada mas pelo que percebo, normalmente quando as pessoas estão solteiras e tem vários contatinhos elas estão esperando aparecer alguém que vale a pena pra largar os outros. O contatinho nem sempre sabe se ele é único ou não, se vai rolar de novo ou não se vai virar namoro ou não. E tem outra coisa, os homens tendem a achar que a gente quer namorar e quer monogamia e muitas vezes esse medo afasta na primeira manifestação de afeto ou intimidade e às vezes pela questão do tempo. No meu caso, atualmente, a maioria dos homens com quem me relaciono sabe sobre a maioria dos outros e sabe que gosto dele, quero de novo mas não quero exclusividade.

Nossa, mas quantos são? Quem são esses homens?

Tem um professor de yoga que não sabe de nada e não liga, é tipo contatinho; o que vê Netflix e dorme comigo aqui em casa que sabe de tudo, o professor lá da escola, que agora tá por dentro também; tem um guitarrista querido que eu acho gênio e admiro muito, veio aqui passar uma noite comigo e eu gostaria muito de ficar a sós de novo mas tô só prospectando, como diz uma amiga; tem um rapaz do Tinder que acabou de fazer 30 anos e é professor de geografia que sabe mais ou menos no que está se metendo; um ex aluno dez anos mais novo que sempre foi precoce e inteligente, agora tá no mestrado, com quem desabafo há anos; tem o vizinho dez anos mais velho, surfista pai de um amigo do meu filho com quem abri o jogo outro dia porque achei que apesar de ficar comigo volta e meia desde janeiro aparentava medinho de eu estar apaixonada… eles são todos interessantes a seu próprio modo e cada um tem suas qualidades e defeitos. Eu jamais poderia escolher um. Nem eles querem isso.

Ter essa gama de opções pra variar também é ótimo pra não sobrecarregar ninguém. Pra que projetar ideais de amor romântico e querer que um homem só venha a suprir todas as minhas querências? Vou acabar cobrando algo que ninguém pode dar. Essa ideia não é nada nova, tô bem longe de estar inventando a pólvora. As beatniks já praticavam isso no fim dos anos 50.

Quando o colega propôs aquilo depois me toquei: opa, aberto sim, claro, mas relacionamento… Achei curioso a pressa de nomear o que teríamos mas acho que ele só quis dizer que queria ficar comigo de novo mas não queria ficar só comigo. Ok. Não tenho certeza se era isso mas faria sentido. Ele é bem metódico e sistemático mas não tem nada de errado em querer deixar tudo bem claro na interação. Se tem uma coisa que adoro é a franqueza.

Quando o nome importa (or On the importance of being Earnest :P)

Recentemente conheci mais um professor. Agora de filosofia. Ele parecia ser o cara descontruidão, fora da caixinha, tarado, trabalhador, pai… um querido, MAS ele não curte amor livre. Anarquista, só que daqueles que fala que relacionamento aberto é coisa de adolescente. (Sim, relacionou maturidade a seguir a norma). Em suma, ele não assume que está em uma relação comigo porque eu me relaciono com outros homens livremente, ou nas palavras dele: eu sou ou estou, não lembro, muito “bandida”.

Lá vem um desses que às vezes acho que tá doido pra namorar (não necessariamente eu) e quer uma companheira pra ele compartilhar sim, mas com quem ele quiser na hora que ele quiser com ele ao lado. Chegamos num impasse, mas esse cara é o em quem eu encaixo igual uma menininha. Delícia de homão, aquele corpão que me dá colo. Ele tem a minha idade, a gente tem as mesmas referências, frequentou os mesmos lugares na mesma época. Quando a gente tá junto é só sorriso e alegria, diversão… Ele me dá carinho e faz planos românticos, ele parece que realmente se importa, manda mensagem de todo tipo o tempo todo (às vezes isso é fofo, às vezes inconveniente). Pelo menos ele diz ele que não vai prender mulher nenhuma. A ver.

Agora me digam: qual o problema de assumir uma relação que você de fato tem com uma mulher que não está só com você? Por que o homem tem que ter uma mulher submissa e devota pra ser seu mozão?

Outro dia fui tomar cerveja com um amigo da escola e ele disse que eu quero namorar. Aquele tipo de afirmação que vem lá do âmago do senso comum de que a mulher não pode ser feliz sem um relacionamento estável monogâmico, ela está se enganando. Afff. Eu estive em relacionamentos fechados bem aos moldes da norma padrão e muitas vezes não era feliz. Não digo que jamais terei outro ou que não se possa ser feliz com uma pessoa só, mas que no momento não quero, dá licença. E estou feliz com os homens com quem me relaciono da forma que me relaciono.

O anarquista inconstante falou que não estávamos juntos e em seguida passamos horas de sexo e carinho (não nessa ordem) na casa dele e foi lindo.

Daqui de onde vejo, a mulher ter relacionamentos francos e maduros com responsabilidade emocional não monogâmicos (and call them by their proper name) em uma sociedade heteronormativa machista e moralista é uma conquista árdua e chute no saco do patriarcado, isso sim.

P.S1.: Quem sabe em um próximo momento escrevo sobre como ouvi “se eu fosse mulher e você homem, eu diria que você é machista”.

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